domingo, 30 de maio de 2010

A EDP

Soubemos hoje que os preços da electricidade em Portugal aumentaram em contraciclo com a Europa. Dificilmente poderíamos ter tido melhor notícia: esta subida de preços demonstra, obviamente, que Portugal já saiu da crise, pois a deflação é sempre sinal negativo numa economia. Mais um dado estatístico inequívoso para fundamentar o que o meu tio Manuel afirmou peremptoriamente fará a 13 de Outubro 4 anos. Ninguém na altura o compreendeu e até zombaram dele. Erradamente. Tudo indica que a crise foi ultrapassada. É verdade que temos um problema financeiro de Estado. Mas com as correcções apontadas pelo nosso governo - e que até o PSD percebeu - ficará rapidamente resolvido.
É óbvio que o sr. Sérgio Patinha, que escreveu o post anterior neste blogue nada percebe de economia, e só pensa no "dolce fare niente" dos trabalhadores. Até parece um treinador de futebol lá da minha terra que se preocupava mais com o bem estar amoroso dos seus jogadores do que com o futebol praticado pela equipa...

A Grande PT

Isto afinal já está a voltar à normalidade. Não nos preocupemos com as agências de rating, défices ou as "centenas" que se manifestaram hoje. O que importa são as notícias de abertura dos telejornais: a PT vai resistir à ofensiva sobre a Vivo por parte da Telefonica. Poderá ser coisa complicada, já que se joga muita coisa: golden shares, mercados emergentes, accionistas, preços da honra, OPA`s e gajos com nomes esquisitos que falam bué bem em inglês.
Mas se a PT ganhar contra a empresa dos nossos vizinhos, assim ao jeito de como o outro (ainda alguém se lembrou dele a propósito do FMI?) que dizia "enrabando-os com um passaporte de coelho", talvez a malta suba no rating e afinal nem seja preciso agente receber o subsídio de Natal em certificados de aforro ou em créditos de inglês téccnico... E que taL se descontássemos todos do subsídio de férias 5% para a PT  manter a Vivo?

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A explicação da ausência

Penso que nós - autores deste blogue - devemos uma explicação da prolongada ausência a que submetemos os nossos leitores. É que na sequência das ultimas eleições legislativas sucedeu um imbróglio político-sentimental de possíveis e complexos contornos jurídicos que inviabilizou, pela aplicação de bom senso, a publicação deste blogue. Procurarei sintetizá-lo sem ferir susceptibilidades dos intervenientes.
Ora sucedeu que durante a campanha eleitoral a Julinha sentiu de novo o fogo da paixão. Pelo Sócrates, bem entendido. Mas essa paixão era algo de distante (se bem que se tenham conhecido e ele tenha mesmo chegado a beijar-lhe as faces). No entanto predispôs a nossa Julinha para uma coisa mais real e próxima. E assim apareceu o Reinaldo! José (como o José Sócrates) Reinaldo (como o famoso futebolista), um senhor com um mestrado em gestão de equipamentos desportivos que despertou o lado simultaneamente mais animalesco e terno da Julinha. Este senhor é dos mais importantes dirigentes da concelhia - e também a a nível distrital - do partido do poder. Homem de sólida formação ideológica e norteado pelos princípios da ajuda ao próxima e defesa das minorias. Desempenha, aliás, importantes funções numa Direcção Regional (as quais certamente cumpre com o mesmo esmero e dedicação que aquelas que empenha na sua Julinha)Acontece que na sequência das comemorações da vitória socialista, o Rochinha -marido da nossa heroína e dono do "snack-bar da Julinha", o tal que fica mesmo por baixo daquele que um dia foi o telhado do Gato Esteves - surpreendeu a sua mulher com esse José Reinaldo no interior do seu café, ali sobre o balcão. Ficou chocado, o Rochinha, que não acreditava que a Julinha fosse capaz de semelhante desfeita, eles que estavam casados há 13 anos, mas namoravam há quase vinte. E quis expulsar a mulher do café, tendo mesmo chegado a destruir o néon com o nome do estabelecimento. Na sua irritação acusou a internet, e este blogue em particular, de serem os culpados do devaneio da mulher. Foram momentos de grande intensidade dramática e tensão cá no snack-bar.
Mas depois da tempestade a coisa amainou e quem acabou por deixar o estabelecimento foi o seu gerente Rochinha. Assim, a Julinha é a nova patroa do snack-bar que tem o seu próprio nome. A clientela mudou bastante, pois agora é frequentado maioritariamente pelos men (ela proibiu-me de usar o depreciativo boys) do Partido, que nos intervalos do seu intenso labor aqui vêm tomar um chá ou um café. Todavia, e para revelar o seu carácter plural e tolerante (e também o facto de termos mostrado compreensão e a termos safo de apanhar uma valente coça do Rochinha) a Julinha tem cá sempre uma mesa para nós, e faz-nos um "desconto especial de professor", já que os preços subiram significativamente para acompanhar a nossa aproximação à média comunitária. E assim aqui estamos eu, o Patinha, o Corvo, e mais um ou outro, às vezes na companhia do sapiente Fábio André Ronaldo, a petiscar ou a bebericar (mais a bebericar, que a antiga cozinheira foi-se embora, a Julinha diz que ela era amante do Rochinha) e a observar esta classe superior que tão bem vai segurando o leme do país quando todos (agora também os de fora) lhe querem fazer mal.
E pronto, foi esta, em traços muito gerais, a história que levou à ausência destes vossos bloggers durante cerca de seis meses. Mas julgo que compreenderão que não deveríamos, durante este período, andar a blogar sobre isto ou aquilo, pois poderíamos ser mal compreendidos. E, além disso, este é o blogue do snack-bar da Julinha, e só há pouco o snack-bar reabriu. Com outra gerência e clientela, mas com o mesmo nome.  E nós, com a determinação de levar a sua fama ao mundo infinito da globalização.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Os salários dos funcionários públicos.

Disse Passos Coelho: Um dia não haverá dinheiro para pagar aos funcionários públicos.

Mas não te preocupes, querido. Que nesse dia, e se o meu Sócrates assim continuar, haverá TGV em todo o país, um novo aeroporto para podermos voar para a Europa e uma nova ponte sobre o Tejo que será lindíssima! (até já pensei num nome para ela, em homenagem ao seu grande defensor - que até pode fazer o seu projecto de engenharia para ficar mais barata). E certamente teremos mais estradas e autoestradas e nas escolas haverá dois computadores por aluno e três projectores por sala. E estas novas obras, estas sim, fazem andar o país. Ao contrário dos funcionários públicos que só empatam o nosso desenvolvimento.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Que corpo! Que Alma!

"Depois do que passei, estou preparado para tudo. Nada temo. Como diria Fernando Pessoa, venha o que vier, nada será maior que a minha alma" - Foi o que ouvi esta noite Sócrates a dizer, àquela empertigada da Judite Sousa (quem é que ela pensa que é?).
Não só este homem é corajoso, como além disso ainda é culto e... tem alma! Ai, ai...