quinta-feira, 18 de junho de 2009

dez dias depois

Bem sei que já passou mais de uma semana - 10 dias para ser preciso- sobre as eleições. Mas ainda me sinto feliz com esta derrota do PS. E uma sensação de fim de estação parece que chegou, não só para mim, como para a nossa política. A clássica arrogância socrática soa agora a pintas enganados pelas suas próprias artimanhas e truques baratos.
Nas escolas há de novo um arzinho de triunfo. Ninguém o disse à boca cheia, mas a verdade é que os professores sentem uma parte nesta derrota do PS. Na noite das eleições houve troca de emails "esta vitória também é nossa". E têm - temos - razões para isso. Senão recordemos:
Quando Sócrates estava no estado de graça, a reforma contra os professores foi a grande bandeira do governo. Copnfundiu-se então reforma do ensino com perseguição aos professores. Por essa altura não havia comentador, televisivo radiofónico ou jornaleiro, que não cascasse nessa corporação de malandros que eram os verdadeiros responsáveis pelo atraso do país. O professor Marcelo babava-se quando pronunciava o nome de Maria de Lurdes Rodrigues, a Visão publicava um "estudo" assinado por um tal Paulo Quintas, e que guardo na minha memória, a ridicularizar o trabalho dos professores (o "estudo" do jornalista estava cheio de erros estatísticos e contabilísticos, conforme na altura minha queixa junto da ERC). Até esse momento eu próprio apenas combatia em teoria os perigos das "generalizações". Nessa altura senti-o na pele. Era como se todos fôssemos uns malandros, inaptos, preguiçosos, chulos do sistema. Quase tinha medo de encarar as pessoas na rua, temor de dizer que era professor. Passei a evitar jantar fora e passear com a minha filha pelo centro da vila. Foram os tempos do achincalhamento público.
Confesso que então estava longe de pensar o que sucedeu depois... Mantivemos a personalidade porque sabíamos que a razão estava do nosso lado e que a ministra era apenas uma incompetente a encontrar um bode expiatório para brilhar nas tv`s. E gradualmente a razão foi-nos sendo dada. Primeiro pela opinião pública, gradualmente pela comunicação social e por alguns "comentadores" da oposição que viram em nós a única força de combate ao sistema. Porque essa é a verdade: momentos houve em que combatemos sós. Em que fomos a exprtessão dos descontentes envergonhados de darem a cara.Nos piores momentos apenas recordo um partido político que falou para nos apoiar: foi o PCP pela voz de Jerónimo (posso dize-lo sem problemas, não sou do PCP). Na última manifestação estava lá toda a oposição (e nós gostámos, apenas queríamos, e queremos, que o PS perca, a incompetência e maldade primária do chico-espertismo não pode dominar o país). Ficaram famosas as manifestações dos 100 mil e dos 120 mil. Agimos de forma activa junto da família, dos amigos. Procurámos explicar as nossas razões, desmascarar uma suposta "reforma" do ensino sem objectivos, apenas ditada por incompetentes arrivistas. Conseguimo-lo. A célebre frase de Maria de Lurdes Rodrigues, essa professora que nunca foi avaliada, "«admito que perdi os professores, mas ganhei a opinião pública» (Maria de Lurdes Rodrigues, Junho/2006), merce agora um sorriso. Recuperámos a credibilidade. E hoje já não são muitos os comentadores do sistema que nos desprezam, apenas falando por meias palavras, numa "reforma" que não sabem o que significa, que foi travada por uma "corporação" (não, não foi uma corporação, foi um movimento de professores a defenderem a escola pública). Seria interessante saber o que ganham esses "comentadores" do sistema. Quanto pagam a um Pedro Marques Lopers, essa espécie de neo-Luís Delgado, pelas suas baboseiras na TV e na rádio. E àquele convencido do Carlos Magno, e à menina Sá Lopes, e ao Delgado Lui-Même. Noto algum medo nos analistas do centrão, do status quo, que pullam nas nossas tv`s e rádios. Claro que esta gente tem que defender a "estabilidade". Na verdade são apenas vozes da "situação" contra o "reviralho" que se anuncia quando denuncia a corrupação, o enriquecimento dos grandes, o jogo de interesses em que eles têm parte. Quão longe vai o jornalismo descomprometido... Estranho é a "situação" obter tão poucos votos com tanta lavagem cerebral...
Mas a nossa vitória só parará nas legislativas. E, em minha opinião, num regresso da justiça a Portugal e no julgamento verdadeiro deste país controlado pelos interesses dos "boys" e onde a corrupção, os favores, os compadrios imperam.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

10 de Junho

Ontem a minha setora de protugues pediu k noz escreveçemos um testo sobre o dia de Portugal. Eu axo k fiz um ganda testo! E pork? pork o meu setor de historia esplica bué de bem e eu ate gosto do omenzinho... Até axo que a setora de protugues non gosta dele - k é o prof Évora - e por iço é k pediu a malta pra fazer este testo. Mas tramaçe k a málta sabe bués destas cenas. E komo non eskrevia neste blogue à bués k até já tinham preguntado pork, resolvi deichar aki as ideias pincipais do testo. A pregunta era "O k se comemora a 10 de Junho". A resposta foi másómenos ixto:
A 10 de junho comemora-se o Dia de Kamões. Pork foi kuando o Kamões nacheu. Este ganda omem nacheu mesmo no Dia de Portugal, tal a pontaria! (o k é uma çorte pork ninguém se eskeçe do noço aniverário K eu tamén fasso anos no domingo de Páskoa). A maior parte do pipol só conhece o Kamões por ser cego de um olho e xegam a pensar k o men é da akapo. Mas o Kamões foi um ganda pueta do nosso país. Viveu à bués, na epoka dos deskobrimentos. Foi pá Índia com o Vasko da Gama k era de Çines (kom esta devo ter deichado a setora baralhada, eu até sabia ko Vasko da Gama era de Çines). E enkuanto o Vasko navegava, o Kamões eskrevia puemas das pitas k colhecia. Parece k as pitas kurtiam todas o Kamões (se kalha o Kamões tamém jogava bués bem futbol). Non se çade bem komo é k o man perdeu o olho: à kem diga k foi um tiro perdido na cassa às rolas, à kem diga k foi cuma antena de telelé k se espetou plo olho adentro. É k nakele time foi à bués e os telelés eram bué gandes e tinhão antena gande k causava bués assidentes!
Mas a 10 de Junho tamém se Komemora o dia das komudidades protuguesas. As principais komudidades protuguesas son os sofás e as kamas. Mas tamén à otro móvel k a velha tem lá no kuarto k pokos conhessem mas k se xama komoda e çerve para guardar ropa com comudidade komo o nome indika. Tamém avia aki uma miuda k tinha kabelo bué komprido e suxo k foi pra uma kumudidade, mas iço eu non percebi o k era.
E prontos, eu kurto bués o Kamões e, subertudo, as kumudidades, k kada ves à +, basta ver a trabalheira k era os telelés do tempo do Kamões bué de grandes e sem rede (k também é outra kumudidade portuguesa) e os dagora. Por iço fou paçar o dia 10 de junho a kurtir as kumudidades e fico a tarde toda no sofa a ver tv e a jogar kom o meu magalhães (k era um amigo do Kamões k viajou kom eles).

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Mal-agradecidos

Confesso que me sinto decepcionada. Até com uma pontinha de depressão. Atão esta cambada de mal agradecidos dos tugazinhos não é que foram votatrno gordo e nos comunas!!! Depois de tudo o que o meu Sócrates (sim, que agora ele é meu e não nosso) fez por todos nós, depois das noites que passou em claro a pensar nos pobrezinhos dos desempregados, depois das brilhantes ideias que teve com os Magalhães, apesar de o andarem a chatear e a preocupar com falsas acusações de diplomas tirados ao domingo, casas na Covilhã, freeport e até porém em causa a sua masculinidade! Depois de todos estres sacrifícios do meu Sócrates, único homem capaz de governar este país, único com capacidade para isso, o pessoal esquece-se de ir votar! Sim, porque ele só não ganhou por causa da abstenção e dos votos em branco!
Olhem que eu fiquei mesmo chateada e irritada com tudo isto. Nem consegui dormir bem a noite passada! E depois hoje, pela hora do almoço apareceram por aí uns professorzecos com ar de gozo... Não sei se não será essa cambada que está por trás de algumas das mentiras que atrás falei... E a verdade é que andaram a dizer às pessoas para não votarem no PS! Ai sim, que eu sei o que digo e isso é verdade! É que houve mesmo professores a dizerem às pessoas para não votarem no PS! O que é que eles mereciam, esses professores? Para mim eram todos despedidos com justa causa, pois se é o governo que lhes dá de comer... Vejam bem que o professor Évora apareceu aí hoje com uns colegas e meteram-se nos caracóis e nas imperiais e sempre a mandarem bocas todos felizes que pareciam os gajos do porto quando ganham o campeonato... Olhem, sabem o que fiz? Eu digo que agente não deve fazer segredo das coisas que faz a bem do país. Escrevi hoje mesmo uma carta para a ministra da educação com os nomes dos professores que andaram a dizer às pessoas para não votarem no PS. Bem sei que ela não os vai despedir, que não pode por causa das leis, mas pelo menos pode ser que mande lá uns inspectores ou os aperte naquela avaliação que eles se tão sempre a queixar... E é bom ter estes comunas dos professores debaixo de olho...
E esta noite eu devia ir às novas oportunidades, mas não quis ir lá encontrar os professores com aquele ar de gozo... bem sei que nas novas oportunidades não são professores, são só formadores. mas eles são formadores à noite e professores de dia...
Em fim, foram só uma eleições sem importância, que mais tarde, quando for a sério, sempre quero ver quem come os caracóis.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Visão estratégica!

Hoje estavam para aqui uns professores numa mesa do snack-bar de volta de uns caracóis e a falar mal do governo e, sobretudo, da ministra deles. Irritam-me quando estão naquela conversa da pouca-vergonha sempre a falarem mal do que se faz com aquele ar de gente inteligente que sabe o que diz. Ai, que estes professores têm-se em boa conta mas na verdade não percebem náda do mundo há volta deles. Irritam-me tanto! Ainda por cima poupam nos caracóis, pedem três cervejas para quatro e verificam sempre as contas como se nós os fossemos enganar.
Mas vamos lá ao que ionteressa. A converça de hoje era sobre a escola e a fálta de funcionários. Dizia o professor Évora - que até é dos mais simpáticos, escápa para prof. (em simpatia, entenda-se, que ele é gordo e feio como um rinoceronte, salvo as semelhanças) , que a escola tem fálta de funcionários. E que a culpa é do Sócrates - do meu Sócrates! - que gásta o dinheirinho nos Magalhães e no plano tecnológico e não em funcionários! E também que antes de gastar dinheiro em computadores ele se devia era preocupár em pôr psicólogos nas escolas.
Hora quem o ouvisse até poderia ficar convencido, que ele é todo bem falante quando põe aquele arzinho superior de gozo. Mas se pensarmos bem não tem razão nenhuma, como voo paçar a explicar. É que eu agora ando nas novas oputunidades e abituei-me a pensar nestas coiças e já não me deicho enganar por outro só porque é professor, isso são tempo do antigamente, que felizmente agora o Sócrates deu-me auto-confianssa com o regreço há escola.
Então e porque é que o senhor professor armado em sabixão não tem razão? Por três motivos que paço a indicar, e para sistematizar e organizar o pençamento:
- Em primeiro lugar já não são percisos tantos funcionários nas escolas que agora os professores paçam lá mais tempo e não só a meia dúzia de horas de antigamente e se paçam lá mais tempo bem que podem evitar que os alunos sujem tanto a escola como o faziam. É o trabalho deles, como diz a nossa ministra: trabalhar com crianças, enciná.las! (reparem que não estou a dizer para eles limparem a procaria, apenas para que evitem que os alunos sujem, educando-os que é para isso que são pagos!)
- Em segundo lugar com os magalhães não são percisos psicólogos nas escolas pois se pela net pode haver consultas online, não é? Se um aluno tá com problemas psicológicos pode ir a um perito online e este resolve-lhe logo ali o problema. Até se for vítima de bulingue pode logo mandar um email para a PSP ou GNR conforme viva na cidade ou no campo. É isto que os professores não compreendem: o plano tecnológico gásta dinheiro em máquinas mas popa nos funcionários do estado que tem um défisse muito grande... Chama-se a isto, senhores professores, racionalização do trabalho!
- Em terceiro lugar algo que eles - os professores, não conseguem perceber. É que com os magalhães atingem-se objectivos mais vastos que os da simples educação. Ainda no outro dia ia para casa e vi um ciganito à porta do prédio social dele a teclar no Magalhães. Ora o que é que isso quer dizer? É que os Magalhães os mantêm entretidos! E enquanto os mantêm entretidos, os ciganos não andam a roubar a gente honesta como eu! Isto é que é visão estratégica, visão de futuro! Ah, que o meu Sócrates é mesmo um génio!