quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Dia de greve

Acabo de regressar da minha escola de Colos. Levantei-me mais cedo do que o habitual para poder estar lá ao primeiro tempo, a fim de entregar aos meus alunos um pequeno folheto para os encarregados de educação (e para eles próprios também) em que explicava as razões para a minha greve. Apanhei chuva e frio mas valeu a pena.
Valeu a pena porque regresso todo feliz e orgulhoso: nos dois primeiros tempos a adesão na Escola Básica Integrada de Colos foi de 100%! E a minha escola era uma escola sem tradição grevista! Sei que este número não se manterá, pois há um professor que já disse que não iria fazer greve. Talvez seja o único. Entretanto, o órgão de gestão considerou que sem professores na escola não havia condições para manter lá os alunos, pelo que chamou os transportes para os levarem de volta (o fura-greves deve ficar feliz, pois ganha o seu dinheirinho e não trabalha na mesma, estes amarelos estão sempre a ganhar com a luta dos outros). Que este facto - o fecho da escola numa greve de professores -, sirva para reflexão sobre o papel - e a catrafada de funções -, que os docentes desempenham hoje em dia.
Entretanto passei pelas escola vizinha de São Teotónio. Sei que ao segundo bloco da manhã apenas havia dois professores em aulas (o que dará uma média ligeiramente inferior a 90%) e tive informações (por confirmar) que a Damião de Odemira também terá fechado. Um panorama muito semelhante ao resto do país.
Do que se está à espera para suspender definitivamente o processo e, já agora, demitir esta equipa ministerial?

1 comentário:

Fernando Évora disse...

acabei de receber a cofirmação (dupla): a Damião de Odemira também fechou portas. Na minha antiga escola, a secundária de Vila Real de Santo António, estavam a trabalhar apenas 4 professores.