sábado, 25 de abril de 2009

Cá os jovens também sabem o k foi o 25 de Abril!

Estáva oje cá no cafe a falar com o Sergio patinha sobre o 25 de Abril e vai ele diseme: óh Ronaldo, tens de fazer uma mensagem no blogue para as peçoas verem k a málta + nova percebem bués do 25 de Abril. O prof Évora, k estáva lá ao kanto a ler as anedotas do jornál pois k non parava de rir, inda se meteu com nosco e non keria k eu fizess aki a mensagem. Mas vai logo o Patinha diz-lhe açim: deixa-te de falças moléstias, pá! o puto sabe bués de história, deixa-o mostrar-çe para o pipol ver k ele non é só um puto engrassadinho k joga bué bem futbol, esta malta sabe de história que é um bué. É k o prof Évora foi meu prof de história e ençinou-me bué laré coisas da história, k eu aprendi com muita atençon çempre k ele é bem bakano e diz umas piádas giras se bem k um pouco esdrúchulas.
Então é açim: o 25 de Abril foi há bués mas bués memo, o me velhotes inda eram krianssas + novas k eu agora. E foi uma revolussão bakana em k os soldádos meteram os kravos nas metralhadoras e açustaram a málta toda. Á putos lá na turma k non entendem komo é k o pipol se açustou kom os kravos, mas eu percebi: o truke era k os kravos tinham k ser vermelhos e o pipol ficava a pensar k o vermelho era sangue e tinha cagufa. Axo k o pipol nakela altura k já foi à bués inda non usava okulos e por iço é k confudia os kravos kom sangue. Pelo menos o pipol + velho k era kem táva no governo. Mas memo velho velho, tão haver? Açim velho dakele estilo de k tão no lar. E era a partir do lar k esse pipol governáva o país. Çobretudo um man muita mau que fabricava utençilios de cozinha e tinha voz de maricas dakeles k non partem um prato. Ora talvez as mulheres k trabalham no lar lhes tiveçem robado os okulos e esse pipol non viçe bem e confudiçe os kravos kom sangue, tão haver? Já vi num filme k o prof Évora mostrou ká ó pipol k ouve uns mens k dispararam e mataram uns bakanos k tavam distraídos. Axo que esses mans fizeram mal, mas ómenos çempre deu ação ó filme.
O k eu + gostei no 25 de Abril foi akela bakana com uns olhos muita fiches k tinha um marido militar mas akabou aos beijos a um man de Kabelo Komprido. A bakana era mesmo gira, mas enKalhando agora já tá velha ka pró Fábio!
Mas tamém kero dizer k o 25 de Abriol foi bué importante para a noça história pork antes eram os velhos k governavam e nem seker eram reis. E liam os jornais todos antes de sairem e poribiam as mulheres nuas de apareçerem na TV e na internet. E havia uma polissia k era açim tipo os americanos nakela prisão de kuba ou do Irake. E as koiças eram ton diferentes k avia enxames na eskola e havia bués que eram retidos e até o prof Évora me contou k às vezes os profs batiam nos alunos com uma régua ou um caválo-marinho k ele explcou o k era mas tava um bokado confuso. Vejam bém: o prof a bater no aluno e nom apanhava da malta nem ia prá rua! Mas avia uma koisa k era boa: se um gajo non tiveçe jeito prá eskola podia deixá-la k ninguem o xateava, ia trabalhar ou kualker coisa e prontos, tásse. É k agora parece k um gajo tem k aturar os profs até aos 18 e nem falam em ofereser ao pipol k fica ká mais anos um computador melhor k o Magalhaes k é lento como o kacete. Ficar na eskola + anos para aprender +, diz-me o Patinha. Mas mais do k? É k kom estas senas fiko priokupado kom a minha carreira de futebol!

3 comentários:

Carmo V. Romão disse...

Parabéns Fábio!!!
O prof Évora explicou mesmo bem e tu percebeste tudo. Olha lá, meu, o que é aquela história da colher de pau? Aqui em Vila Reá que é d'onde'eu sou ele não falou nisso. Só que os homens eram tão antigos que ainda não tinham óculos. E que estavam todos num lar lá isso 'tavam.

Luís Bonito disse...

Pois é, um gajo tem k aturar os profs até aos 18! Que chatice! E para jogar futebol ou ser estrela da canção nem é preciso tanta chatice.
Estive noutro dia a arrumar a tralha que tinha no computador. Entre muitos ficheiros de utilizade duvidosa encontrei um texto de um professor – Mário Lopes, intitulado “A Educação, a bateria e a especialização”.
Entre muitos aspectos importantes, este senhor referia um, que quero destacar, copiando a sua citação:
“...Por certo, até hoje nenhum ministro da Educação se lembrou de pedir o
perfil da população escolar em termos de Quociente de Inteligência (QI). Seria
um exercício interessante confrontar esses resultados com as exigências dos
programas escolares...”
Pois é, seria muito interessante submeter os alunos a testes de inteligência para avaliar da sua capacidade de progressão nos estudos.
Decreta-se o ensino obrigatório, primeiro até ao nono ano, depois até ao décimo segundo.
Ora se deixarem a selecção natural funcionar, provavelmente teremos uma razia.
E depois naturalmente para se conseguirem os resultados estatísticos só há uma forma: baixar os padrões (e simplificar as matérias e conteúdos programáticos) e a exigência.
Caro Fábio Ronaldo, provavelmente não entenderás tudo o que escrevi.
Pede ao Prof. Évora k ele te trok pur miudos e te traduza o mêu text.

Luís Bonito disse...

Depois de enviar o meu comentário para o promissor jogador de futebol, resolvi explicar melhor ao Prof. Évora e outros leitores uma coisa.
O meu anterior comentário não significa que eu seja contra os 12 anos de ensino.
O choque tecnológico deve ser despoletado pelo choque cultural (que é o que faz falta), e não ao contrário.
Só que não devemos baixar os padrões para as estatísticas serem as que convêm. E nem todos os alunos continuarão o seu caminho pela universidade. Por isso sou adepto de um percurso a partir do 9º ano mais exigente, para uma boa preparação antes da universidade, e de outro(s) mais vocacionado(s) para a vida profissional.
Alguns irão dizer que é o que já existe, mas não concordo. Tenho o exemplo aqui da Alemanha (e este país nem é dos melhores exemplos quanto ao estado do ensino!) em que o programa de matemática tem conteúdos mais exigentes do que em Portugal. Além disso há ainda estados da Alemanha que julgo manterem 13 anos de ensino antes da entrada nas faculdades.
Na Alemanha ainda antes de terminarem o 9º ano, já é feita essa distinção entre os eventuais percursos: há a Realschule e a Hauptschule. A primeira com critérios e conteúdos mais exigentes (que depois dão entrada no Gymnasium - equivalente ao nosso 12º ano), a segunda virada essencialmente para os que entrarão mais cedo na vida profissional.