terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Tenhamos um verdadeiro espírito natalício
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Ministério de plástico
Parlamento Europeu defende trabalhadores
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
É hora?
O resultado destas ideias está à vista e espanta-me como ainda há gente a defendê-las de forma tão acaloradamente parva (ainda ontem ouvi o Luís Delgado – meu Deus que homem tão basicozinho!).
Contaram-nos que a economia, o progresso, o resto do mundo era assim mesmo e ainda muito mais: que os políticos precisavam de ser defendidos, pois ganhavam muito melhor fora da política. E por essa razão precisavam de auferir bons vencimentos e vantagens diversas como os subsídios de reintegração e as reformas antecipadas.
E agora ainda há quem cante a mesma coisa, como o Sr. deputado Almeida Santos que afirmou que “ser deputado não é escravatura”, frase que julgo só poder ser entendida do ponto de vista filosófico.
Mas depois vimos toda esta promiscuidade entre os gestores e os políticos; vislumbrámos a ponta do icebergue da imensa corrupção em que estão mergulhados os nossos governantes e representantes. E que fazemos? Continuamos no nosso esforço nacional? Continuaremos a sacrificarmo-nos para sermos mais competitivos e produzirmos a riqueza nacional para salvar as grandes fortunas? Aceitamos estes códigos do trabalho para continuarmos a satisfazer os caprichos dos gestores iluminados?
Ainda há solução dentro dos partidos e do esquema democrático? Ou estará na hora de recebermos a verdadeira inspiração grega, para além do nome do Pinto de Sousa?
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
POR QUÉ NO TE CALLAS?

Por qué no te callas?
sábado, 6 de dezembro de 2008
Desconvocação da greve
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Cem anos de Café Aliança
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
O dia de greve (3)
S. Mamede + 90%
Vila do Conde 95%
Sec . Barcelinhos 100%
Alcaides de Faria (Barcelos) 98%
S. João de Ponte (EB) Guimarães 100%
Feitor Pinto (Sec.) Viana 100%
Montalegre (Sec.) 100%
S. Torcato (Sec.) Guimarães fechou
Alberto Sampaio (Sec. ) Braga 80%
André Soares (EB) Braga fechou
Povoa de Lanhoso (Sec.) 98%
Real (EB) Braga 99%
Ponte de Lima (Sec.) 98%
Ponte de Lima (EB) 99%
Carlos Amarante (Sec.) Braga 98%
Celeirós (EB) Braga 99%
Sá de Miranda (Sec.) Braga 92%
Alguém falou em sessenta e quantos?
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Dia de greve (2)
Dia de greve
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Nos últimos tempos tudo tem sido à descarada. Protegem-se os interesses dos banqueiros, os nossos dirigentes fazem despesas superiores aos seus rendimentos oficiais, pratica-se o tráfico de influências, por todo o lado cresce a corrupção perante a ineficácia da justiça. Cresce o medo. O velho medinho salazarento. Claro que esta não é boa gente. E não são apenas sedentos de poder, são verdadeiros vampiros. Não são apenas malandros, nem simples vigaristas. São mentirosos e mafiosos. São gente mal intencionada.
Portugal atingiu um ponto em que não nos podemos dar por vencedores se apenas lhes tirarmos a maioria absoluta, ou mesmo do poder. Eles já preparam a sua retirada, já a garantiram, inspirados no exemplo Armando Vara. Esta gente deverá ser perseguida para sempre. Um dia deverá haver justiça para os julgar. Essa é, pelo menos, a esperança que me resta.
E se para o ano, em Outubro, continuarem a ganhar eleições, aí concordarei inteiramente com a ministra da educação, pois então haverá mais de três milhões de portugueses sem formação (ignorantes, tapadinhos, intoxicados pela desinformação).
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
O início da "luta final"
domingo, 30 de novembro de 2008
A escola corporativa
Mas a classe docente é muito diversa e sempre esteve longe de ser corporativa. Atente-se nos números de adesão a greves nos últimos anos (sempre a descer até valores extremamente baixos antes do consulado Milú) ou nas manifestações que antes eram pouco participadas. Qualquer um que conheça a escola pública, qualquer pai que tenha seguido a carreira escolar dos seus filhos se terá deparado com um leque extraordinariamente heterogéneo de professores. Nas escolas sempre houve os incansáveis e os que pouco mais do que nada ainda fazem. Os que organizavam, ocupando tempo fora do seu horário, exposições, visitas de estudo, projectos de investigação, iniciativas abertas à escola e à comunidade, que substituíram – e quantas vezes! – os encarregados de educação na sua dádiva de afecto, que resolveram problemas de faltas materiais, que providenciaram soluções para a fome dos seus alunos, que descobriram, denunciaram e, tantas vezes, tiveram que ser eles os principais envolvidos na solução dos casos das vítimas de agressão, abandono, abuso. O papel da escola neste mundo cão em que o país (talvez o mundo) se foi transformando é o de ser quase o último guardião da decência e do humanismo. E será esse um dos problemas do governo: neste novo mundo socratino da deslocalização, da flexibilização, da precariedade, dos grandes horários de trabalho, acaba por cair sobre os professores a tarefa humanista de quem não esqueceu o que é ser criança.
Ora é verdade que o sistema de avaliação anterior (1) não distinguia os melhores dos piores, ou, pelo menos, não o fazia de forma clara. Mas também é verdade que este não o faz. E se não o faz não serve para nada. Mais: este sistema cria uma nova divisão, decorrente do Estatuto da Carreira Docente, entre professores titulares e simples professores (espécie de badamecos) que tem na sua origem um erro fatal, já que a divisão artificial porá, pôs, como titulares não os melhores, mas aqueles que uma escolha arbitrária decorrente de uns critérios escolhidos pelos humores ministeriais decidiu. E aí começou o sistema de avaliação dar bronca, nascendo torto. Lembro a célebre frase da ministra: “na tropa nem todos chegam a generais”. É verdade, minha senhora. Mas a escola não é a tropa. A tropa tem de estar pronta para situações limite, a cadeia hierárquica é um dos seus pilares que tem que funcionar sem qualquer falha numa situação desse tipo, concordará que semelhante necessidade não se aplica à escola. Que não estaremos interessados em viver numa sociedade que reflicta este regime hierárquico em todas as suas dimensões. E na tropa, suponho eu, a progressão deverá ser, de facto, feita com base no mérito e qualidades de cada um. Uma tropa cuja hierrarquização fosse idealizada pela senhora, estaria condenada ao massacre imediato.
E é esta última a razão principal que nos coloca hoje nas trincheiras adversárias (para usar linguagem castrense que a senhora parece apreciar): é que eu sou pela Escola; a Escola Pública formadora de cidadãos capazes de impedir gente com tiques fascistas de voltar ao poder.
(1) porque havia sistema de avaliação anterior, é mentira quando o primeiro-ministro ou a senhora ministra dizem que não havia avaliação. Eu próprio pertenci a equipas de avaliação do Conselho pedagógico responsáveis pela avaliação de colegas. E nesse âmbito posso dizer que não é verdade que todos subiam de escalão. Alguns houve que não conseguiram, fosse por falta de formação – que era então obrigatória -, fosse por incongruências no seu relatório, fosse por incumprimento de prazos.
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Intolerável
(Mais um pedido ilegal pois o Estatuto da Carreira Docente reza, no seu artigo 49º "1 - Sem prejuízo das regras de publicidade previstas no presente Estatuto, o processo de avaliação tem carácter confidencial, devendo os instrumentos de avaliação de cada docente ser arquivados no respectivo processo individual.2 - Todos os intervenientes no processo, à excepção do avaliado, ficam obrigados ao dever de sigilo sobre a matéria." Acrescenta-se a lei 15/2007, artigo 49º, "Garantias do processo de avaliação do desempenho" 1—Sem prejuízo das regras de publicidade previstas no presente Estatuto, o processo de avaliação 512 Diário da República, 1.a série—N.o 14—19 de Janeiro de 2007 tem carácter confidencial, devendo os instrumentos de avaliação de cada docente ser arquivados no respectivo processo individual.2—Todos os intervenientes no processo, à excepção do avaliado, ficam obrigados ao dever de sigilo sobre a matéria.)
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
o célebre despacho
Efeitos das faltas
1 — Verificada a existência de faltas dos alunos, a
escola pode promover a aplicação da medida ou medidas
correctivas previstas no artigo 26.º que se mostrem
adequadas, considerando igualmente o que estiver contemplado
no regulamento interno.
2 — Sempre que um aluno, independentemente da
natureza das faltas, atinja um número total de faltas
correspondente a três semanas no 1.º ciclo do ensino
básico, ou ao triplo de tempos lectivos semanais, por
disciplina, nos 2.º e 3.º ciclos no ensino básico, no ensino
secundário e no ensino recorrente, ou, tratando -se,
exclusivamente, de faltas injustificadas, duas semanas
no 1.º ciclo do ensino básico ou o dobro de tempos
lectivos semanais, por disciplina, nos restantes ciclos e níveis de ensino, deve realizar, logo que avaliados os efeitos da aplicação das medidas correctivas referidas
no número anterior, uma prova de recuperação, na disciplina
ou disciplinas em que ultrapassou aquele limite,
competindo ao conselho pedagógico fixar os termos
dessa realização.
3 — Quando o aluno não obtém aprovação na prova
referida no número anterior, o conselho de turma pondera
a justificação ou injustificação das faltas dadas, o
período lectivo e o momento em que a realização da
prova ocorreu e, sendo o caso, os resultados obtidos nas
restantes disciplinas, podendo determinar:
a) O cumprimento de um plano de acompanhamento
especial e a consequente realização de uma nova
prova;
b) A retenção do aluno inserido no âmbito da escolaridade
obrigatória ou a frequentar o ensino básico, a qual
consiste na sua manutenção, no ano lectivo seguinte, no
mesmo ano de escolaridade que frequenta;
c) A exclusão do aluno que se encontre fora da escolaridade
obrigatória, a qual consiste na impossibilidade
de esse aluno frequentar, até ao final do ano lectivo em
curso, a disciplina ou disciplinas em relação às quais
não obteve aprovação na referida prova.
Das faltas justificadas, designadamente por doença, não pode decorrer a aplicação de qualquer medida disciplinar correctiva ou sancionatória. (ao contrário do que é dito no ponto 1 do artigo 22 do estatuto)
2 – A prova de recuperação a aplicar na sequência de faltas justificadas tem como objectivo exclusivamente diagnosticar as necessidades de apoio tendo em vista a recuperação de eventual défice das aprendizagens.
4 – A prova referida é da exclusiva responsabilidade do professor titular de turma, no primeiro ciclo, ou do professor que lecciona a disciplina em causa, nos restantes ciclos e níveis de ensino.
5 – Da prova de recuperação realizada na sequência das três semanas de faltas justificadas não pode decorrer a retenção, exclusão ou qualquer outra penalização para o aluno, apenas medidas de apoio ao estudo e à recuperação das aprendizagens, sem prejuízo da restante avaliação. (ao contrário do que é dito nas alíneas b) e c) do artº 22, que força a 3 tipos de medidas ponderadas pelo conselho de turma, sendo a menor a realização de nova prova)
Muito bem. Concordo perfeitamente. Mas há aqui um pequeno problema. O estatuto do aluno é uma lei aprovada na Assembleia da República. O despacho da senhora ministra é apenas… um despacho! Um despacho de uma ministra pode sobrepor-se a uma lei da assembleia? Se calhar, pode, já que este é o país de Sócrates, do "quero, posso e mando". E lembro que a lei foi aprovada pelos senhores deputados da maioria (ao que me lembro, pela totalidade dos deputados da maioria). Deveriam ser agora esses mesmos deputados que sustentam a maioria a engolir o sapo da sua mudança, já que o despacho contraria a lei, e não é apenas uma clarificação. E isso, todos podem ver.
Professores devem repensar a sua forma de luta
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Esclarecimento (mais uma vez)
terça-feira, 11 de novembro de 2008

Por isso nada mais nos resta, a nós, professores, do que simplesmente não cumprir a lei.
segunda-feira, 10 de novembro de 2008

sábado, 25 de outubro de 2008
Criminosos (a propósito de José Saramago)
“Os criminosos são conhecidos, têm nomes e apelidos, deslocam-se em limusinas quando vão jogar o golf, e tão seguros de si mesmos que nem sequer pensaram em esconder-se. São fáceis de apanhar. Quem se atreve a levar este gang aos tribunais? Ainda que não o consiga, todos lhe ficaremos agradecidos. Será sinal de que nem tudo está perdido para as pessoas honestas.”
José Saramago tem razão.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Professores, Sindicatos e Blogues: porquê o ódio?
No dia 14 de Outubro soube-se da marcação de uma manifestação para dia 8 de Novembro pela FENPROF. Havia já uma outra marcada por movimentos independentes e que terá nascido de forma espontânea, para 15 de Novembro. Nesse mesmo dia enviei um mail ao meu sindicato – o SPZS - a reclamar o facto e a acusá-lo de ser divisionista. Não obtive resposta. A resposta a esta questão que foi levantada por milhares de colegas neste país levou quase uma semana para ser respondida. Ontem, finalmente, consegui ter acesso a uma explicação de Mário Nogueira, ele mesmo. Ainda antes recebi uma coisa estranha e a roçar o surrealismo patético de um tal Jorge Silva, da Plataforma Sindical, e que afirmava sempre falar em nome próprio. As explicações do dia 8 procuram ser racionais: têm a ver com timings. O timing das reuniões e o timing da reunião suplementar. Segundo Jorge Silva, ainda com questões de estratégias secretistas: os nossos planos não podem ser públicos para não os revelarmos de antemão ao inimigo. Uma espécie de táctica castrense que, tanto quanto posso analisar, tem produzido poucos efeitos quando aplicado a esta luta sindical. Preferia que a acção sindical da Plataforma fosse transparente (e, já agora, com um pouco mais de exigência). Mas depois vêm as críticas: quem são os que convocaram a manifestação de dia 15? Será que não estão a soldo do ME? O que já fizeram eles, esses dos blogues, para bem da classe?
Reconheço que são perguntas legítimas, mas que, se pensarmos bem, era melhor que não fossem colocadas pois podem-se virar contra quem as lança. Os homens e mulheres dos blogues são pessoas, a maioria delas com nome e apelido conhecidos, que mantiveram acesa a chama do inconformismo. Foi a partir de muitos destes homens e mulheres que muitas escolas e colegas assumiram parar o processo de avaliação arriscando-se a processos disciplinares. Foram estes movimentos que mobilizaram milhares de colegas para a unidade. Não estou certo que os sindicatos tivessem conseguido muito mais do que isto, antes pelo contrário.
Mas não pretendo ter o discurso anti-sindical. Quem me conhece sabe que, nos últimos anos, tenho defendido os sindicatos nas minhas escolas contra algumas críticas que considerava despropositadas e injustas. São os sindicatos os nossos negociadores, a nossa organização. E estou convencido que se tivermos (tivéssemos) um sindicato forte, a nossa situação profissional será (seria) muito melhor. Eu próprio sou (era) sindicalizado desde o primeiro ano que leccionei. Só que, perdoem-me esta minha horrível pretensão, gosto de pensar por mim. E não aceito que os meus sindicatos têm sempre razão. Custa-me encaixar a questão das datas. Mas se elas são assim tão importantes, porque não tentaram, antes da marcação de dia 8, contactar as associações que têm a sua marcação para dia 15, e expor-lhes a situação, a ver se elas antecipavam a data e se fazia uma grande manifestação conjunta? Aí se veria se essas associações estão a soldo do ME (como o sr. Jorge Silva conseguiu imaginar), ou se são elas as divisionistas (e não os sindicatos). O pior que podemos ter agora são fracturas deste género, mas estamos a tê-las. Repudio as afirmações anti-sindicalistas sistemáticas de alguns colegas, mas não consigo compreender este ódio dos sindicatos aos professores que escrevem na blogosfera. Pois se a única explicação para este último facto será o querem ser os movimentos sindicais os únicos representantes dos professores, os únicos que falam por eles. E esse princípio é inaceitável. Deixem-nos este espaço para dizermos o que nos vai na alma e, se for caso disso, para nos organizarmos. Não tem que haver ódio, nem dor de corno, dos sindicatos aos professores que se expressam na blogosfera, eles são mais uma arma na nossa luta. (noto que eu próprio não me englobo nesse grupo já "o telhado do Gato Esteves" não pretende ser um blogue centrado na educação).
Uma vez que não pude encontrar o mail do colega Olavo que aqui deixou um post, gostaria de lhe referir que não tenho por hábito escrever sobre o que não sei. Pretendo antes escrever sobre o que penso, mesmo que esteja errado. Como já referi, a primeira atitude que tomei foi contactar, por escrito, o meu sindicato (do qual já fui delegado). Quanto a plenários, nada houve na minha escola, nem, ao que consegui saber, no concelho de Odemira (mas se houvesse, e com a avalanche de trabalho que existe neste momento nas escolas, ser-me-ia difícil ir). Mas, como afirmou, temos de nos manter unidos. E se os sindicatos me convencerem da sua justeza e, sobretudo, honestidade, estarei disposto a reconsiderar a minha posição.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
A traição sindical
Para os muitos leitores deste blogue que não são professores (que serão a a maioria, pelo que me é dado a entender), passo a sintetizar a história:
E eis que surgem então os sindicatos. Temendo esta manifestação, que partiu genuinamente dos próprios profissionais que eles representam, a FENPROF, em vez de se associar à jornada de luta, convocou uma outra para dia 8, uma semana antes. Obviamente que não tiveram coragem para a fazer uma semana depois.
A direcção da FENPROF, personalizada no seu líder Mário Nogueira, revelou o seu sentido altamente divisionista. No momento em que mais precisávamos, os sindicatos trairam-nos. Mas não foram apenas divisionistas. Foram cobardes, ao assinalar esta data uma semana antes. E a covardia, todos o sabem, a covardia é o pior dos defeitos que um sindicato pode ter.
Fiz hoje o que não poderia deixar de fazer: abandonei o meu sindicato, o SPZS, ao qual pertencia desde 1992.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
"Certificação e Qualificação"
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Novamente o casamento entre homossexuais.
domingo, 5 de outubro de 2008
Cavaco poeta
Nada mais errado! Ouça-se este delicioso momento do nosso presidente da república. Ao nível dos melhores poetas bucólicos europeus. Deixo aqui o link para o meu companheiro bloguista "cicuta", pois pode acontecer que a alguns dos meus leitores tenha escpapado este delicioso momento cultural.
http://cicuta-fresca.blogspot.com/2008/10/o-homem-um-poeta.html
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
O casamento entre pessoas do mesmo sexo
E para que fiquemos tranquilos quanto ao cumprimento célere e eficaz da sua planificação o PS (que não aceita, e muito bem, lições de democracia de ninguém) assegura a disciplina de voto no seu partido, não vá alguém manchar e gatafunhar a sua metódica organização agendal.
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Resposta ao triste post (todos têm direito a esses momentos) que me antecede.
A razão da minha apreensão é simples: o rapaz ainda acredita na democracia! Ainda acredita que este sistema pode trazer a solução ao mundo que se vai degradando em desfavor dos pobres e dos remediados, alimentando a avidez (até o Sócrates se descuidou e falou de “ganância”, ele que até dessa forma pareceu um menino de coro cheio de boas intenções para com os pobrezinhos) dos grandes. Até o Marx, que não era propriamente um suprasumo (super-sumo como diria o Luís Filipe Vieira) da inteligência, tinha previsto isto há um porradão de anos. É apenas a avidez do grande capital a chupar o tutano da malta (o Zeca diria, naquela bela canção que juntos cantámos numa fogueira da Fuzeta, os vampiros a chupar o sangue da manada). E o Fernando Évora, desiludido por não encontrar um partidozeco defensor daquela linha meia-tinta que deixa o capitalismo avançar mas que dá o remedeio suficiente para pão e circo aos pobres, declara assim publicamente: eu até votei nestes gajos que estão no poder (ou seja: na pior direita que governa o país desde o 25 de Abril), mas fui enganado pela ideologia, promessas e tal, e agora vou votar (ou voltar a votar) na esquerda tradicionalista. Óh rapaz, isto está mais que visto. Não é só o sistema capitalista (é melhor chamar-lhe mesmo liberal) que está a dar o berro numa crise financeira. Essa crise é uma repetição da outra de 29. É a própria democracia, que criou as condições para o triunfo dessa minoria que ganha com o liberalismo, que falhou. Isto não é o poder do povo. Os partidos não têm ideologia. São apenas o veículo para o grande capital controlar o poder político. E para isto já não há solução. A única solução é mesmo a Revolução Mundial, com muito sangue a jorrar. Lamento dizê-lo, pois isso fere a minha anterior existência e desejo de viver num mundo hippie, à volta duma fogueira (que bom seria que a fogueira da Fuzeta fosse a fogueira eterna) com guitarras, flores no cabelo e uns cigarrinhos de erva a rodar. Mas chegámos a um ponto de não retorno. É que com a queda do muro de Berlim estes capitalistas perderam todo o pudor. Mas estão condenados ao fracasso, pois a sua avidez leva-os a tudo perder. Nós, e os nossos filhos e os que atrás de nós e deles vierem) apenas vamos arrastados nessa fantástica asneira que desafia qualquer racionalismo de qualquer ciência social..
E tenho dito, pá. Aparece aqui pelo snack-bar da Julinha que eu te explico melhor se for preciso (não será, que tu és um rapazola inteligente e bem intencionado; mas aparece só pelo prazer da companhia de um copo, que sei que aprecias tanto como eu).
sábado, 20 de setembro de 2008
O Sr. Alberto João, os 20% de "comunas" e um arrependimento pessoal.
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Menos Estado, Melhor Estado?
10h30 - Escola Secundária Dr. Joaquim de Carvalho (Paulo Campos, secretário de Estado das Obras Públicas) - FIGUEIRA DA FOZ
Escola Profissional de Desenvolvimento Rural do Rodo (Jaime Silva,
Ministro da Agricultura) - PESO DA RÉGUA
11h - Escola Secundária José Gomes Ferreira (José Sócrates, Primeiro-Ministro, e Valter Lemos, secretário de Estado da Educação) - LISBOA
Escola Portuguesa de Moçambique (Augusto Santos Silva, Ministro dos Assuntos Parlamentares) - MAPUTO
Escola Secundária Almeida Garrett (Maria de Lurdes Rodrigues, Ministra da Educação) - VILA NOVA DE GAIA
14h30 - Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Serpa (Rui Sá Gomes, secretário de Estado da Administração Interna) - SERPA .
15h - Escola Secundária Tomás Cabreira (Jorge Pedreira, secretário de Estado Adjunto e da Educação) - FARO
Escola Secundária de Amarante (Maria de Lurdes Rodrigues, Ministra da Educação) - AMARANTE
Escola Secundária Miguel Torga (Paula Fernandes dos Santos, secretária de Estado da Cultura) - BRAGANÇA
Escola Secundária Dom Manuel Martins (Bernardo Trindade, secretário de Estado do Turismo) - SETÚBAL
Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro (Alberto Costa, Ministro da Justiça) - CALDAS DA RAÍNHA.
Escola Secundária José Estevão (Maria Leitão Marques, secretária de Estado da Modernização Administrativa) - AVEIRO
15h30 - Escola Secundária de Gouveia (Eduardo Cabrita, secretário de Estado Adjunto e da Administração Local) - GOUVEIA
Escola Secundária S. Pedro do Sul (Mário Lino, Ministro das Obras Públicas) - SÃO PEDRO DO SUL
Escola Secundária Alberto Sampaio (António Braga, secretário de Estado das Comunidades Portuguesas) - BRAGA
Escola Secundária do Pombal (José Miguel Medeiros, secretário de Estado da Proteção Civil) - POMBAL
16h - Escola SecundáriaNun'Álvares (Gonçalo Castilho, secretário de Estado da Administração Pública) - CASTELO BRANCO
Escola Secundária com 3.º Ciclo de Estremoz (Francisco Nunes Correia, Ministro do Ambiente) - ESTREMOZ
Escola Secundária Júlio Martins (Ascenso Simões, secretário de Estado da Protecção Civil) - CHAVES
Escola Secundária da Lourinhã, (Ana Jorge, Ministra da Saúde) - Lourinhã
18h - Escola Secundária Artur Gonçalves (Vieira da Silva, Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social) - TORRES NOVAS
Escola Secundária de Ponte de Lima (Luís Amado, Ministro dos Negócios Estrangeiros) - PONTE DE LIMA
19h - Escola Básica e Secundária de Alter do Chão + Escola Profissional de Alter do Chão (Filipe Batista, secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro) - ALTER DO CHÃO."
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Recordações do ciclo preparatório.
Penso na minha filha. Ela já não terá os meus feriados. Cada falta, uma aula de substituição. Saberão que sou professor e poderão pensar: “O gajo está para aqui com esta conversa mas não quer é fazer aulas de substituição; não quer trabalhar que é o que os professores antigamente não faziam, sempre a faltar, com montes de férias. Esta ministra é que os pôs na ordem!” (outros julgar-me-ão apenas um bacoco saudosista). Acreditem-me que não é esse o meu fito. Acredito sinceramente que as crianças precisam de liberdade, que devem estar juntas sem adultos por perto, perante os perigos de ficarem entregues a si mesmas. Acho até que é na falta dos feriados que reside uma porção da explicação do seu comportamento ter +piorado tanto nos últimos anos. As crianças de hoje não sabem estar sozinhas, não sabem o que fazer se não receberem ordens ou conselhos em algum sentido. Transformar-se-ão em adultos obedientes e não-pensantes, seres amorfos dispostos a receber ordens. E aí estarão, finalmente, atingidos os objectivos desta política educativa.
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Uma rebuscada estupidez
Confesso que fiquei confuso com a estranha analogia que o senhor ministro foi desencantar. Tomou-me inclusivamente uma sensação de incredulidade mas depois lembrei-me de Mário Lino e Manuel Pinho e voltei a confiar nos meus sentidos: ele devia mesmo ter dito aquilo que eu tinha ouvido.
Chegado a casa quis ouvir o Telejornal. Da notícia de Portimão, sim senhor, um homem baleado. Mas das sábias palavras de Rui Silva Pereira, népia. Foi então que vim à net e ainda apanhei parte dessas palavras no iol (o censor estaria a jantar e deixou passar?). Não eram todas as palavras do insigne magistrado, mas estava lá o essencial e fiz um copy/paste que estas notícias tendem a desaparecer depressa. Aqui fica um excerto para não julgarem que invento:
“O ministro da Administração Interna comparou esta terça-feira o caso do baleado numa esquadra de Portimão com o homicídio de Lee Harvey Oswald, o susposto (sic) assassino de John F. Kenney (sic), à entrada para a sala de tribunal.
«Como sabem Lee Harvey Oswald foi baleado mortalmente no tribunal quando estava acompanhado por dezenas de polícias do FBI»,”
Quase que não valeria a pena fazer qualquer comentário tal o surrealismo da comparação dos casos, certamente dignos de uma análise do foro psicanalítico. Rui Silva Pereira acha portanto normal que se seja baleado numa esquadra da polícia de Portimão quando situação semelhante aconteceu num tribunal há 45 anos nos supostamente seguros Estados Unidos da América, exemplo máximo de eficácia policial, na sequência do assassinato de um Presidente. Claro que não lhe interessa o misterioso contexto deste assassinato americano e as suspeitas mais do que fundadas de que a morte de Lee Oswald resultou da acção da própria polícia secreta americana, a CIA ou mesmo o próprio… FBI (que o protegia). O intricado daquela situação e o momento americano de então estão longe de poderem ser dados como elementos de referência de segurança pois nos anos seguintes continuou o assassinato do clã Kennedy e de outros “perigosos” americanos como Martin Luther King ou Malcolm X. Mais à frente na notícia e para que não subsistam dúvidas sobre a capacidade analítica do ministro:
“Na comparação, Rui Pereira explicou o que queria dizer quando recordou este pedaço da História norte-americana: «O que eu queria dizer é que não é normal o que aconteceu na esquadra de Portimão, mas não prova a ineficácia da acção policial».”
Oh, senhor ministro: então um homem baleado no interior duma esquadra não prova ineficácia policial? Isto não é coisa nova, sr. ministro, já aconteceram coisas semelhantes há bem pouco tempo nas nossas esquadras policiais. Claro que não houve eficácia policial, sr. ministro. Vá dizê-lo ao senhor que foi baleado: “eh, pá, estás a ver que a ti aconteceu-te o mesmo que ao Lee Oswald há 45 anos atrás e nos Estados Unidos da América. Azar o teu …”Como certamente não esteve bem a polícia norte-americana que deixou matar (ou matou) o Lee Oswald. Lá por ter acontecido nos States não quer dizer que a polícia seja a melhor do mundo.
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
A propósito dos assaltos
Vem isto a propósito do aumento da criminalidade no país. Os motivos são evidentes e por certo não se prenderão com o desempenho económico altamente positivo do governo, nem com o hercúleo esforço realizado pelo mesmo no campo da educação. Outro colaborador deste blogue insinuou que o sinal havia sido dado com as dificuldades criadas na prisão preventiva. Soube hoje que Portugal é o país da União Europeia com menos presos preventivos (o que será mais um motivo de orgulho para a obra legislativa deste governo). Mas também temos que juntar a isto o interesse das “oportunidades de negócio”, de que me falou o Luís Bonito num mail. Claro: tudo são oportunidades de negócio. Lembra-me a triste história da aplicação da pena de morte na cadeira eléctrica nos EUA ter sido conseguida pela pressão de duas empresas concorrentes de electricidade. Então como agora, dominava no mundo este Liberalismo desenfreado e desumano que até na morte vê uma oportunidade de negócio.
Ladrões maus roubam as bombas de gasolina (quando as gasolineiras aumentam os preços perante a baixa do petróleo: afinal quem é o maior ladrão?). É claro que não roubam directamente as gasolineiras. Os revendedores que se orientem e as empresas de segurança que aproveitem a "oportunidade de negócio". Tudo isto é absolutamente ridículo. E para mudar vai ser preciso sangue. Que não falte então a coragem.
domingo, 31 de agosto de 2008
Assim vai o meu país
Já ninguém na Tv, ninguém nos jornais, jornalista ou analista, opinion-maker ou especialista, lembra outras medidas governativas na área. Por exemplo, aquela que dificulta a prisão preventiva.
sábado, 16 de agosto de 2008
A TV e os Jogos Olímpicos
Desde criança que sigo atentamente os Jogos Olímpicos. Tinha somente sete anos quando o Mark Spitz ganhou as sete medalhas. Esse acontecimento, a par com a ideia de grande confusão que aconteceu em Munique quando decorria o ano d 1972, serão os acontecimentos desportivos mais antigos que guardo na memória.
Gosto de muitos desportos, se bem que tenha os meus preferidos: o futebol do meu Benfica em primeiro lugar, o ciclismo, o Atletismo. E, de um modo geral, todos os desportos colectivos: em particular o volei, mas também o Basquete e o Andebol.
Tudo isto para dizer que aguardo sempre as Olimpíadas com enorme interesse, pois posso não saber quem é o actual campeão mundial de Volei feminino, mas recordo sempre os sucessos da selecção cubana neste desporto, ou as olimpíadas onde as peruanas mostraram uma enorme alegria de jogo. São os momentos em que fico feliz à frente da televisão e me ponho a par do mundo do desporto. Em suma: gosto de fruir os Jogos Olímpicos.
Daí a minha desilusão deste ano. Estava à espera de poder seguir os jogos via TV, até porque agora dispunha de muitos canais… Erro tremendo de candura! A nossa RTP, seguindo a sua tendência degradante, passa umas coisinhas na RTP2, na 1 muito poucas, o grosso na RTPN, que é só para quem tem cabo, pois claro, que os outros não devem gostar de desporto, se querem paguem! Mas aquilo é volei de praia em monte, muito mais que o volei “verdadeiro”, esgrima em cagalhão, jogos de Andebol ainda não vi nenhum (será que isso é ir ao encontro do público?). Uma triste cobertura dos JO! Uma irritação para mim. E a sportTV, que nos cobra balúrdios, a transmitir, durante este período, jogos de rugby feminino de praia, a equipa do técnico contra outra faculdade qualquer, acho que veterinária. São estas as leis do mercado? Valha-me a eurosport, de borla para quem tem cabo, que é aquela que mais sintonizo nesta altura.
Entretanto começou outro evento que me enche as medidas: a volta a Portugal. Que a RTP aproveitou para acentuar a sua vocação pimba no programa “Hà volta” com a apresentação da estrela João Baião, e no qual podemos assistir ao que mais de piroso se vai fazendo neste país cuja economia apresenta, segundo a estatística e para felicidade dos analistas de pacotilha, resultados altamente positivos em contraciclo com a União Europeia.
Eu é que gosto de dizer mal e de me andar sempre a lamentar. Até quando tenho os Jogos Olímpicos para me distrair.
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Medicina popular
(….)
E não é que resultou! Acabou-se de novo, e milagrosamente, o siso.
Acrescentou-me a curandeira Vercegina algumas receitas práticas que aqui deixo aos interessados:
- uma boa feijoada feita a partir de cabeça de porco é um excelente antidepressivo, contribuindo também para um desenvolvimento da memória, graças ao fósforo, e para uma melhoria generalizada dos sistemas respiratório e digestivo nas suas partes superiores (e, reconhecidamente da parte mais inferior do último). Deve-se incluir sempre neste prato o chouriço para evitar os problemas de estômago que surgem sempre que se trata uma doença da cabeça.
- Para as dores de costas aponta-se como solução as costeletas grelhadas ou o lombo de porco no forno acompanhados com maçãs (para garantir uma boa garganta, problemas que costuma surgir nesta cura) e salada montanheira algarvia (em homenagem à terra da Vercegina).
- Para o pé boto e unhas encravadas, pezinhos de coentrada antecedidos, no caso do segundo mal, por uma entrada de percebes.
- males de ouvidos, a óbvia salada de orelha, se tomada com insistência, acaba por produzir os seus resultados.
- Iscas curam problemas hepáticos.
- problemas de sangue, chouriço preto.
- problemas de consciência derivados de pecados da carne, chouriço vermelho (nos casos mais graves, para exorcizar, o chouriço deve ser assado em lume vivo). Isto além, e como é claro, da tal feijoada que é vocacionada para todos os males de foro psíquico-psiquiátrico.
- lesões musculares ou do menisco, contraídas no perigoso mundo do desporto em geral ou do futebol em particular, são combatidas com ingestão maciça de presunto.
- o pernil de porco embeleza as pernas femininas e masculinas, tonificando-as e enrijecendo-as.
- um assento do carro feito em pele de porco previne as Hemorróidas.
- por fim, e por hoje, os problemas de impotência masculina são eficazmente combatidos por túbaros com ovos mexidos.
Acrescenta a Vercegina Maria Lúcia que está disponível para ser contactada, mediante a minha pessoa e de forma absolutamente gratuita, sobre outros e particulares males.